Outro ícone do roamantismo é Franz schubert. Aliás... vejamos o triângulo do próto-romantismo: a surdez de Beethoven (que não é compositor romântico, é classico), a loucura de Schumann e a pobreza de Schubert.
Ach... quanto exageiro! Mas é assim o mundo gosta de dizer... tst tst tst
Bom, vamos ao que interessa.
A sonata D.995 de Schubert é em La Maior, o extremo oposto da sonata op.11 de Schumann.
Menos romântica que a de Schumann? Sei lá... talvez. Mas porque? Porque Schubert era mais próximo de Beethoven? Essa é a minha tese... mas isso não quer dizer que não esteja inserida no contexto do romantismo. Afinal não é preciso suicidar-de para ser romântico, ou o que dizer de Brahms?
É muito significativo que a vida de Schubert foi muito diferente da de Schumann, e mesmo do que se pensa dela com um todo.
Em primeiro lugar Schubert pouco ligava para a pobreza... aliás, era o estilo de vida dele. E na Viena daquela época nem mesmo os mendigos passavam fome ou frio.
Ele era um boêmio incorrigivel e levava a vida assim. Possuia uma capacidade de concentração, que pode ser observada nesta sonata, que fazia com que ele pudesse escrever até no meio do carnaval.
E além do mais o romantismo é também esta liberdade de viver fora dos padrões, e isso ele soube colocar muito bem na sua música.
Sabia que não iria viver muito, e aparentemente não estava muito preocupado com isso.
E está enterrado ao lado de Beethoven. Quer mais?? Ele não!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Schumann, sonata Op.11
Esta sonata é algo como o que poderia ter sido e não foi... a promessa de um Schumann que infelizmente não se concretizou.
Antes de nos lamentarmos pelo infeliz, deprimido e suicida compositor... vamos tentar entender mundo em que ele vivia e como, (possivelmente) ele se encaixava nele.
Estamos falando da metade do Século XIX, quando então as coisas pareciam durar para sempre. E apesar do ideal "Romântico" ainda não havia chegado o apogeu desta era. Isto quer dizer que qualquer um que partisse nessa direção não estava muito em conformidade com as regras sociais.
Havia de tudo, assim como hoje, e por certo a juventude não era mais ajuizada. A medicina que hoje não é capaz de curar completamente muitas enfermidades, era ainda pior naquela época.
Muito bem. Agora imagine um certo Robert Schumann... muito inteligente, culto e vacilante entre o estudo das leis (que lhe daria uma profissão estável), e a música. Solte este rapaz naquele mundo; exposto ao alcool, prostitutas, livros, sagas heróicas, poetas, frio, amores fulgazes e sonhos. Tantos que permeavam a sua infância, florestas, letras... e por fim decide abandonar a faculdade.
Não vou sequer comentar a sua paixão pela filha do seu professor de piano... entre outras.
Coloque tudo isso numa "Grande Sonata", eis a sonata op.11 de Schumann!
Ao que parece ele havia vivido muito bem a vida! Talvez até passado do limite...
A Penicilina só seria descoberta em 1928, ou seja, na época de Schumann não possuia tratamento eficaz, e pode-se atribuir a esta doença parte dos sintomas da sua doença mental. Ele contraiu esta doença na juventude. Passou do limite outra vez ao forçar o limite físico causando uma lesão permanente na mão que lhe impedia de tocar piano corretamente, principalmente para o seu nível de exigência. E por fim assim como já indicava quando abandonou a faculdade de direito, estava clara a sua faltade habilidade para lidar com burocracias e que lhe custou a diretoria do conservatório.
Parcialmente, Schumann consegiu transcender e equilibrar todos estes problemas, mas jamais como na Sonata Op. 11
Naquela época, talvez... é uma especulação sem resposta, mas talvez...
se ele tivesse sido um pouco mais comedido na vida... ou se tivesse nascido 30 anos depois... então seria o compositor que a Sonata op.11 promete!
Foi genial, não há dúvida. Mas é como no concerto em la menor, é uma alegria que quaaaase chega... uma tristeza mal resolvida.
Mas enfim... é Schumann!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Darius Milhaus
Um vento francês soprou no Rio de Janeiro por volta dos anos de 1920. Mas isso não é nenhuma novidade, aliás o Rio chegou a chamar-se França Antártica, mas isso não vem ao caso.
Estamos falando deste compositor que bebeu na música de salão brasileira e escreveu "Saudades do Brasil".
Conhecido por ser o criador da "Politonalidade", Darius Milhaud é um compositor curioso. Escrevia sem medidas, e embora grande parte de sua obra seja pouco criteriosa como dizem seus detratores algumas alcançam um nível de excelência.
Claro, compará-lo com Villa-Lobos e Stravisnky é no mínimo covardia... aliás, comparações são quase sempre covardes e inúteis.
Mas se quisermos cometer ainda mais uma covardia, Milhaud é um gênio de criatividade perto de Vincent d' Indy (seu professor, e de quem Villa-Lobos leu o "Curso de Composição"). d'Indy tem tanta criatividade quanto um esquadro.
Darius Milhaud, na verdade, foi um catalizador da música urbana; foi também uma espécie de experimentalista da ortodoxia musical. A sua música é no mínimo curiosa. Vale a pena ser ouvida. Não é pretenciosa, não quer ser uma "obra prima" e não quer agradar.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
O Clarinete (1ª Parte)
Resolvi fazer um post sobre o clarinete dividido em partes para facilitar a leitura.
Porque este instrumento possui tantas variantes que é necessário bastante tempo para abordar com certa propriedade as suas peculiaridades.
Mas afinal que tem de mais o clarinete? Todo mundo conhece este intrumento! Ele toca na banda do coreto, no jazz, no chorinho na orquestra e etc... É isso mesmo! Ele é bem versátil, e não é só; possui também uma família considerável também.
Vejamos os mais "comuns"
Porque este instrumento possui tantas variantes que é necessário bastante tempo para abordar com certa propriedade as suas peculiaridades.
Mas afinal que tem de mais o clarinete? Todo mundo conhece este intrumento! Ele toca na banda do coreto, no jazz, no chorinho na orquestra e etc... É isso mesmo! Ele é bem versátil, e não é só; possui também uma família considerável também.
Vejamos os mais "comuns"
- Requinta – Em (Mib)
- Clarineta Soprano (clarineta padrão) – o mais comum – geralmente afinado em C(Dó),Bb(Sib),A(Lá)
- Clarineta Basset – Em A (lá) – muito usado em concertos para clarinete em lá, sobretudo no concerto de Mozart e quinteto de Mozart, este clarinete atinge notas de mais graves além do registro usual da clarineta padrão.
- Cor de basset ou Corno Basseto – espécie de clarinete em Fá, tem o corpo ligeiramente diferente (curvo ou angular), muito usado por Mozart
- Clarineta Alto – Mib
- Clarinete Baixo ou Clarone (este nome é praticamente uma exclusividade brasileira) – Bb
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